Caros colegas,
abaixo, indicação de um pequeno apanhado bibliográfico que pode auxiliar aqueles que se interessaram por temas discutidos nas aulas sobre o sudoeste amazônico, em especial a família linguística Arawá, o povo Paumari e o histórico da colonização recente da região. Sugestões da professora Oiara Bonilla:
Para começar aconselho uma leitura sobre os acontecimentos recentes, o texto da Eliane Brum.
E um filme antigo, que fala exatamente dos problemas atuais, Terra de Índio
Sobre os grupos Arawá aconselho a leitura dos verbetes sobre os diferentes povos dos quais conversamos, na Enciclopédia dos Povos Indígenas do ISA. Esses verbetes são uma ótima introdução ao conhecimento etnográfico desses povos. No final de cada verbete há uma bibliografia extensa dos trabalhos sobre cada povo.
Sobre o contexto histórico e socioeconômico do Purus e Juruá aconselho a obra organizada por Manuela Carneiro da Cunha e Mauro Almeida, Enciclopédia dos Povos da Floresta, publicada pela Companhia das Letras e o livro de Kroemer (que é mais difícil de achar, está esgotado) e o livro organizado por Gilton Mendes (UFAM) em 2011, Album Purus.
Para aprofundar etnografias, existem trabalhos disponíveis na web como os artigos sobre os Paumari que podem ser baixados diretamente daqui: https://sites.google.com/site/oiarabonilla/etnografia-paumari/artigos-em-revistas, mas também uma ótima dissertação de mestrado, de Flávio Gordon sobre os Kulina e a organização social Arawá (http://funaialtopurus.files.wordpress.com/2013/04/gordon-2006-os-kulina-do-sudoeste-amazc3b4nico.pdf). A dissertação tese de Larissa Menendez, da PUC de São Paulo, trata da relação entre a arte paumari e a cosmologia. O trabalho está disponível on line :
http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12521
BONILLA, Oiara. 2005. "Cosmologia e organização social dos Paumari do Médio Purus (Amazonas)".
Revista de Estudos e Pesquisa. Fundação Nacional do Índio, vol 2 (1):pp 7-60.
BONILLA, Oiara. 2005. "O bom patrão e o inimigo voraz: predação e comércio na cosmologia Paumari".
Mana, vol.11, n.1: pp. 41-66.
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela e ALMEIDA, Mauro Barbosa de (orgs.). 2002. Enciclopédia da Floresta: o Alto Juruá: práticas e conhecimentos das populações. São Paulo: Cia. das Letras. 735 pp.
KROEMER, Günter. Cuxiuara - o Purus dos indígenas : Ensaio etno-histórico e etnográfico sobre os índios do médio Purus. São Paulo : Loyola, 1985.
MENDES, Gilton (org.). 2011. Album Purus. Manaus: EDUA.
MENENDEZ, Larissa. 2011. A alma vestida: estudo sobre a cestaria paumari. Tese de doutoramento. PUC/São Paulo.
terça-feira, 11 de junho de 2013
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Indicação de sites: Povos Indígenas no Brasil e Etnolinguística
Pessoal,
indicamos dois ótimos sites que podem servir de referência àqueles que desejam desenvolver um pouco mais seu conhecimento sobre a diversidade social, cultural e linguística dos povos indígenas (no Brasil e no restante das Américas).
O primeiro é o sítio do Instituto Sócio-Ambiental. O ISA possui o portal Povos Indígenas no Brasil, que permite ao leitor fácil navegação por diferentes grupos, com sumários de sua história, sua relação com os brancos, seus princípios de organização social, sua demografia, aspectos linguísticos, localização de suas aldeias e situação de suas terras, além de dispor de muitas imagens. Para o não-especialista, que deseja conhecer aos poucos a enorme variedade de povos vivendo no território brasileiro, é o melhor endereço online.
O segundo é o etnolinguística. Como o nome indica, o endereço é voltado para o estudo das línguas indígenas (e não apenas as faladas por habitantes do Brasil, como de todo o continente). Com um desenho simples, o "etnolinguística" permite ao seu visitante um conhecimento aprofundado da produção contemporânea (mas não apenas) da linguística. Para aqueles que possuem interesse em línguas indígenas, a compilação de informações, artigos e teses que o sítio oferece deve ser de grande valor.
Uma última dica fica para aqueles que possuem contato com o público infantil, sejam parentes, amigos ou alunos. O Povos Indígenas no Brasil, mencionado acima, desenvolveu o Povos Indígenas no Brasil MIRIM! Com vários textos voltados para crianças de variadas idades e reunindo jogos, o PiB Mirim é uma ferramenta importante para auxiliar na construção de uma educação que contemple a diversidade sócio-cultural desde cedo. Sugerimos a todos uma visita ao sítio!
indicamos dois ótimos sites que podem servir de referência àqueles que desejam desenvolver um pouco mais seu conhecimento sobre a diversidade social, cultural e linguística dos povos indígenas (no Brasil e no restante das Américas).
O primeiro é o sítio do Instituto Sócio-Ambiental. O ISA possui o portal Povos Indígenas no Brasil, que permite ao leitor fácil navegação por diferentes grupos, com sumários de sua história, sua relação com os brancos, seus princípios de organização social, sua demografia, aspectos linguísticos, localização de suas aldeias e situação de suas terras, além de dispor de muitas imagens. Para o não-especialista, que deseja conhecer aos poucos a enorme variedade de povos vivendo no território brasileiro, é o melhor endereço online.
O segundo é o etnolinguística. Como o nome indica, o endereço é voltado para o estudo das línguas indígenas (e não apenas as faladas por habitantes do Brasil, como de todo o continente). Com um desenho simples, o "etnolinguística" permite ao seu visitante um conhecimento aprofundado da produção contemporânea (mas não apenas) da linguística. Para aqueles que possuem interesse em línguas indígenas, a compilação de informações, artigos e teses que o sítio oferece deve ser de grande valor.
Uma última dica fica para aqueles que possuem contato com o público infantil, sejam parentes, amigos ou alunos. O Povos Indígenas no Brasil, mencionado acima, desenvolveu o Povos Indígenas no Brasil MIRIM! Com vários textos voltados para crianças de variadas idades e reunindo jogos, o PiB Mirim é uma ferramenta importante para auxiliar na construção de uma educação que contemple a diversidade sócio-cultural desde cedo. Sugerimos a todos uma visita ao sítio!
As Hiper-Mulheres - Itão Kuegü
Prezadas e prezados!
Temos o prazer de convidá-los a assistir o filme As Hiper Mulheres, dirigido por Carlos Fausto, Takumã Kuikuro e Leonardo Sette, realizado em parceria com o Vídeo nas Aldeias.
O filme anuncia a morte de uma anciã Kuikuro, que deseja cantar mais uma vez antes de falecer: enfatizando o lugar das músicas e das festas no cotidiano da aldeia, o filme aborda a importância da transmissão do conhecimento entre gerações, a memorização das músicas e sua complexidade, além de oferecer uma abordagem dos rituais da aldeia na perspectiva tanto dos homens como das mulheres.
Conquistou prêmios nos festivais de Gramado, Brasília e tem recebido muitos elogios da crítica: O Globo Rio Show, Revista de Cinema, Cineweb, dentre outros. Contudo, por ser um filme de pequeno orçamento, tem dificuldades em arcar com sua ampla distribuição e manutenção nos cinemas das grandes cidades, dependendo exclusivamente de sua bilheteria (e, por este motivo, recomendamos que quem desejar assistir vá o quanto antes, evitando que ele seja tirado de cartaz e ajudando a mantê-lo por mais tempo). Lançado na última semana, ele está disponível no Cine Estação Botafogo.
O longa-metragem ajuda a compor o bloco de sessões destinados à diversidade linguística e cultural que estamos trabalhando no Curso.
Bônus - bastidores de As Hiper-Mulheres:
Temos o prazer de convidá-los a assistir o filme As Hiper Mulheres, dirigido por Carlos Fausto, Takumã Kuikuro e Leonardo Sette, realizado em parceria com o Vídeo nas Aldeias.
O filme anuncia a morte de uma anciã Kuikuro, que deseja cantar mais uma vez antes de falecer: enfatizando o lugar das músicas e das festas no cotidiano da aldeia, o filme aborda a importância da transmissão do conhecimento entre gerações, a memorização das músicas e sua complexidade, além de oferecer uma abordagem dos rituais da aldeia na perspectiva tanto dos homens como das mulheres.
Conquistou prêmios nos festivais de Gramado, Brasília e tem recebido muitos elogios da crítica: O Globo Rio Show, Revista de Cinema, Cineweb, dentre outros. Contudo, por ser um filme de pequeno orçamento, tem dificuldades em arcar com sua ampla distribuição e manutenção nos cinemas das grandes cidades, dependendo exclusivamente de sua bilheteria (e, por este motivo, recomendamos que quem desejar assistir vá o quanto antes, evitando que ele seja tirado de cartaz e ajudando a mantê-lo por mais tempo). Lançado na última semana, ele está disponível no Cine Estação Botafogo.
O longa-metragem ajuda a compor o bloco de sessões destinados à diversidade linguística e cultural que estamos trabalhando no Curso.
Bônus - bastidores de As Hiper-Mulheres:
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